"Ainda há pouco eu era rei. Agora estou foragido;
através de meu reino, morrendo à míngua, fujo.
Nos buracos me alojo, fustigado pelos ventos da geada.
Ao meu redor estendem-se os ranúnculos.
Comprimo suas folhas contra a face
e o veneno provoca pústulas e chagas,
e quando me aproximo das aldeias, gritam das portas:
'Lá vai o leproso!' E me atiram bocados de pão
e se afastam do caminho do Rei da Vergonha e da Morte.
(Tradução de Ivo Barroso, Coleção Prêmios Nobel de Literatura, Editora Delta.)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário