"Desperto... Desperta-me o contato desse objeto frio com o membro. Não sabia que, às vezes, pode-se urinar involuntariamente. Permaneço com os olhos fechados. Não escuto as vozes mais próximas. Se abrir os olhos, poderei escutá-las? ... Mas as pálpebras pesam-me: dois chumbos; cobre na língua, martelos no ouvido, algo... algo como prata oxidada na respiração. Tudo isto metálico. Outra vez mineral. Urino sem saber. Talvez - estive inconsciente, lembro com um sobressalto -, durante essa horas, tenha comido sem saber."
(Tradução de Geraldo Galvão Ferraz, edição do Círculo do Livro.)
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