O padre, loiro, alto, forte, corado como um sueco, chega para a extrema-unção. O moribundo abre os olhos, de repente verdíssimos como eram na juventude. Murmura três palavras. Os parentes supõem ouvir: Deus do céu. O padre ouve: finalmente o Nobel.
Sou um homem que ama a literatura e desde os 12 anos, quando li A Comédia Humana, de William Saroyan, tenta ser escritor. Tenho muitos livros publicados, mas quem diz se alguém é escritor são os leitores. Então, cada livro meu repete a pergunta: sou um escritor?
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