terça-feira, 30 de abril de 2019
Daquele bloquinho meio secreto
O barco que na infância ele comandava, gritando ordens para vinte tripulantes, foi tomado agora por vinte mulheres piratas, e ele chama em vão os tripulantes, dizimados por elas na abordagem. Só se salvará com a condição de se submeter como escravo sexual de todas. A primeira, a que chefia as outras, já se aproxima dele, que, deitado e nu, se concentra para atendê-la. Honrará seu passado, não se desmerecerá, ainda que morra na cama. Para deixar clara sua disposição de cumprir o dever que lhe cabe como derrotado, faz uma bravata. Olha para a pirata que já se debruça nua sobre ele e desafia: "Podem vir todas juntas, se quiserem." E deixa que ela se deite sobre ele, que ela o monte e cavalgue, porque esse é o direito do vencedor, sempre.
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