terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Soneto da dupla natureza do amor

Que o amor seja, desde o início,
Desde o primeiro momento,
À nossa vontade atento
E aos nossos sonhos propício.

Que ele, para nosso agrado,
Tenha dupla natureza
E seja nossa pureza
E também nosso pecado.

Que sobre ou sob nós se deite
Com fome do nosso pão
E sede do nosso leite.

E possa, ao se levantar,
Deixar tão boa impressão
Quanto nos deu ao chegar.

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