segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Lírica (935) - Estrelas
Na noite de lua cheia, o homem se atirou ao mar e teria morrido, se não o socorressem. Estenderam-no na praia e o fizeram expelir a água dos pulmões. Em cada golfada saíam quatro ou cinco estrelas, que aos adultos passaram despercebidas, mas com as quais um garoto encheu seu balde de plástico. As estrelas que não couberam no balde foram recolhidas pela maré alta, que as levou de novo às ondas, para que servissem de guia aos navios, de alimento aos peixes e de última visão aos nadadores desastrados ou aos suicidas.
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