segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Lírica (994) - Desconstrução
Quando morreres, terás morrido, nada além disso. Os passarinhos não cantarão mais docemente nesse dia, o sol não ostentará um brilho especial e a chuva, se vier, não será para chorar por ti, embora aos poetas bisonhos, como tu, aprouvesse essa imagem. Teu mal sempre foi a poesia. Quando começaste a te encantar com os sonetos, as odes e as elegias e te interessaste por hemistíquios, decassílabos e alexandrinos, alguém na tua família, teu irmão talvez, deveria ter dito que isso tudo sempre foi coisa de peralvilhos e salta-pocinhas - tudo embuste, logro, balela.
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