quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Kama Sutra - DCLXX
Sempre que a cena lhe volta, ela é ainda mais menina quando lhe mostra o ferimento no dedo, com cara de choro. Ele olha para o dedo, receando tomá-lo na mão e beijá-lo. Sabe hoje que o curaria. Ou seria mais uma de suas pretensões de velho? Por uma traquinagem da memória, ela continuará voltando cada vez mais menina, cada vez mais chorosa, e ele talvez, num esses retornos, acabe criando coragem para beijar-lhe o dedo enfim. Nesse dia, será doce o gosto do esparadrapo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário