sábado, 7 de junho de 2014

Pequeno soneto em que se incita o amor a se salvar

Eu sou um lobo, um coiote,
E venho te devorar.
Amor, cadê teu chicote,
Amor, não vens me surrar?

Com sede irei ao teu pote,
Que gota há de te restar?
Amor, cadê teu chicote,
Amor, não vens me surrar?

Me surra, me chicoteia,
Me pisa com teu rancor,
Me descompõe e me odeia.

Me bate, me faz correr
Se queres salvar-te, amor,
Se queres sobreviver.

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