"Quando era novo, ouvia a chuva
Acompanhado por bailarinas,
As velas tremulando no vermelho
Das cortinas de cama.
Depois, ouvi-a nos barcos errantes,
Nos imensos rios, sob nuvens baixas,
No vento de oeste - lá onde
Grita o ganso selvagem.
Ouço-a agora junto à cabana dos monges
Com prata nos cabelos
Tristeza, alegria, ausência, encontro -
Passam, indiferentes.
Que ela tombe - a chuva, sobre os degraus,
Gota a gota, a noite inteira, até ser dia."
(De Uma antologia de poesia chinesa, tradução de Gil de Carvalho, publicada pela Assírio & Alvim, Lisboa.)
sábado, 7 de junho de 2014
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