"Ah, a vaidade do escritor... Podemos chegar a ser uma verdadeira peste. Talvez por nossa dependência do olhar alheio, ou porque a falta de critérios objetivos na hora de julgar um romance sempre nos deixe um pouco inseguros, sempre um pouco no ar; mas a vaidade, para nós, é de fato uma droga pesada, uma injetada de reconhecimento externo que, como toda droga, nunca sacia a necessidade de aprovação de que padecemos. Ao contrário: quanto mais cedemos à vaidade (quanto mais nos picamos), mais precisamos."
(Do livro A louca da casa, tradução de Paulina Wacht e Ari Roitman, publicado pela Ediouro.)
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