domingo, 7 de setembro de 2014
Madrugada de domingo
Menos morto do que ontem. A febre cedeu um pouco. Mas ele sente frio, muito frio. Treme, bate os dentes. Como último sinal de dignidade, retém a urina quanto pode. Mas, como em todas as outras madrugadas, acaba deixando que ela escorra, quente. Que bênção é sentir por dois minutos essa ausência de frio. De manhã, a irmã de caridade vai censurá-lo, mas que importa, se agora ele se sente como no dia em que a amada lhe sorriu e lhe disse que o amava?
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