Quem há de amar um ser tosco,
Que nada sabe fazer
Além de sobreviver?
Quem se importará conosco?
Quem, ingênuo, apostará
Num nulo, num joão-ninguém,
Em alguém que nada tem
E nada, nunca, será?
Para nós, seres assim,
Jamais adianta sonhar,
A derrota é sempre o fim.
Não há mudanças possíveis.
Quem há de se interessar
Por seres tão desprezíveis?
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