Quem, de forma desmedida,
Ouviu o canto do amor
E, cedendo ao seu clamor,
Entregou-lhe toda a vida,
E, tendo assim se entregado
Como um cavalo ou um boi,
Qual boi ou cavalo foi
Pelo amor escravizado,
Deve ao seu senhor falar,
Francamente conversar
E fazê-lo prometer
Que esse jugo, doce e forte,
Sempre assim, até a morte,
Haverá de se manter.
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