que debuxa ouros roxos no céu desta tarde:
enquanto em meio à névoa as árvores escuras
libertam-se e saem para dançar pelas ruas.
Eu não sei por que estou aqui e por que vim,
não sei por que a luz roxa do sol preenche tudo;
e basta-me sentir frente ao meu corpo triste
a imensidão de um céu de luz tinto de ouro,
a cor roxa e imensa, um sol que não existe,
um imenso cadáver de uma terra morta,
e frente às luminárias dos astros do céu,
vastidão de minha alma nesta tarde imensa."
(De Crepusculário, tradução de José Eduardo Degrazia, L&PM Editora.)
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