"O professor deixava a aldeia, e todos pareciam sentir aquela partida. O marceneiro de Cresscombe lhe emprestou um cavalo e um pequeno carrinho de capota branca para que levasse a bagagem até a cidade para onde ia. Este veículo dava perfeitamente para as coisas do viajante, pois a escola havia sido mobiliada, em parte, pelos administradores. O único objeto atravancador que o professor possuía, fora seus caixotes de livros, era um piano rústico, comprado num leilão, anos antes, quando lhe acometera a ideia de aprender música instrumental. Mas, tendo esfriado seu entusiasmo, jamais adquirira a menor eficiência, e, desde então, sempre que tivera de se mudar, a sua compra só lhe ocasionava aborrecimentos."
(Tradução de Octavio de Faria, Abril Cultural.)
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