Eu, que do amor sou vassalo,
Se cometo algum pecado,
Não é o de não celebrá-lo,
É louvá-lo demasiado.
Tenho sido um bom cantor.
Desde que a ele me afeiçoei,
Só o chamo de meu senhor,
De majestade e meu rei.
Podendo me desmentir,
Provou o amor a nobreza
Que persisto em lhe atribuir:
Como escravo me mantém,
Conserva minha alma presa
E meu coração também.
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