quarta-feira, 9 de maio de 2018

"O poema", de Mario Quintana

"Um poema como um gole dágua bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida para sempre na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de mortal beleza."
(De 80 anos de poesia, Editora Globo.)

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