sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Soneto em que se absolve um tolo

Que ninguém seja impedido
E nem sequer admoestado
Se, tendo o amor conhecido,
For por ele apaixonado.

Que seja reconhecido
Como lacaio e louvado
Por assim querer ter sido
E nada mais almejado.

Que aja como lhe aprouver,
Que seja como quiser,
Que se desnude e se exponha.

Quem ao amor se submete,
Não deve, nem lhe compete,
Reservas ter, nem vergonha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário