sábado, 12 de janeiro de 2019

"Tia Helen", de T.S. Eliot

"A srta. Helen Slingsby, minha tia solteirona,,
Tinha uma casa pequenina, quase em áreas elegantes,
Mantida por criados que somavam quatro.
Agora, quando ela morreu, ficou calado o céu,
E seu canto de rua, calado.
Cortinas fechadas, o papa-defunto limpou seu calçado -
Sabia que coisa assim já houvera antes.
Aos cães deixara legados abundantes,
Mas logo após morreu também seu papagaio.
O relógio da lareira ainda batia no consolo,
E o lacaio sentou sobre a mesa da sala
Tendo a segunda criada no colo -
Ela, tão ciosa quando em vida da patroa."

(Do livro Poemas, tradução de Caetano W. Galindo, publicação da Companhia das Letras.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário