domingo, 22 de setembro de 2019

Soneto do amor inadequado

O amor, na idade madura,
É, mais que glória, tormento,
Mais que paixão, sofrimento,
E, mais que bênção, tortura.

Quem há de o amor respeitar
Se o velhote que o proclama
Não tem mais a antiga chama
Nem como a recuperar?

Que tudo em seu tempo ocorra
E tudo que um dia morra
Jamais possa reviver.

O amor tolices aceita
Mas a velhice rejeita
E assim há de sempre ser.

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