quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
Doce tia (para Ana Farrah Baunilha)
Quando a tia Mabel morreu, descobriu-se que ela tivera, em algum tempo de sua prosaica vida, uma paixão clandestina. Uma gaveta indiscreta revelou uma foto do seu amado, um tipo que seria indescritível se não fosse seu bigodinho eriçado. Poderia ser qualquer coisa, se não fosse poeta, como atestava a dezena de sonetos nos quais chamava tia Mabel de meu biscoitinho.
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