Aquilo que ontem belo parecia
E duradouro a nós se afigurava
Seu verdadeiro ser não nos mostrava
E sua face real nos escondia.
Quem, parvo como nós, suspeitaria
Como era tolo o que nos encantava,
Como era frouxo o que nos sustentava
E como era fugaz nossa alegria?
Tudo nosso era, já, morrer e ruir,
Mas nós ainda insistíamos em rir
Nosso riso vulgar e inconsequente
Como se continuasse a vida a ser
Um poema lindo que se pode ler
No álbum florido de uma adolescente.
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