sábado, 27 de junho de 2015

"Antielegia nº 3", de Murilo Mendes

"As magnólias avançam com um ímpeto inesperado
São ombros nus é o luar o vidro de veneno
Deve haver um homicídio uma pergunta à esfinge
Um ultimato ao sonho um arroubo do universo.
À meia-noite em ponto bate o mar na varanda
É impossível deixar de acontecer alguma coisa
Há uma espera vã - raptaram as nebulosas."

(De Melhores poemas de Murilo Mendes, publicação da Global Editora.)

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