"Tu, que o vento do inverno já atingiu no rosto
E viste em meio à bruma as nuvens mães da neve
E os negros cimos do olmo entre as estrelas gélidas,
Terás na primavera um tempo de colheita.
Tu, cujo único livro vem sendo a luz
Da escuridão suprema, de que te nutriste,
Noite após noite, quando Febo se ausentava,
Terás na primavera tríplice manhã.
Oh, não anseies por saber - eu nada sei,
Porém meu canto sempre surge com o calor.
Oh, não anseies por saber - eu nada sei,
Porém a noite escuta-me. Quem se entristece
Pensando no ócio não se encontra na indolência
E está desperto quem se julga adormecido."
(De Ode sobre a melancolia e outros poemas, tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos, publicação da Hedra.)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário