sábado, 2 de outubro de 2010
Lírica (814) - Viver
Quando ao terceiro andar chegam as gargalhadas e as vozes daqueles que voltam da libertinagem noturna, ele sente, no som estulto, na algaravia ignara, na grosseria e em toda aquela estupidez, a convicção de que ficar dezesseis horas por dia estudando lá, no quarto úmido, é o certo. Mas, em algumas noites, seus vinte e três anos lamentam não estar ali embaixo, na rua, berrando ebriamente a canção daqueles que não precisam saber o que há nos livros para viver.
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