domingo, 25 de setembro de 2011

Libertino

De manhã, quando entra na sala, a primeira coisa que o sol faz é ir até a tela. Ele enfia a cara na perna da mulher que, curvada, ajeita a meia com o pé apoiado no assento da cadeira, fica um pouco ali, estremece e, antes de ir embora, sussurra com sua voz velha e cheia de intenções: "Me espera, que amanhã eu volto, tesãozinha."

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