sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Sol na braguilha
Como todas as tardes, o amor, velho sacana, espreita nas esquinas. E cobiça a mulher casada, a viúva, a separada, a divorciada e a virgem, se porventura houver. Conhece pelo cheiro aquelas que saíram de casa querendo ser cantadas, cafajestemente elogiadas, assobiadas e levadas ao lugar em que sempre acabam lhe mostrando preciosidades como a graciosa cicatriz na face interna da coxa esquerda e implorando: dá um beijinho aqui, dá; se quiser, lambe.
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