sábado, 6 de setembro de 2014
Hoje de madrugada...
... imaginei que o blog estivesse morto. Estava frio, rígido como um cadáver. Tentei reanimá-lo e - para infortúnio dele e meu - consegui. Mas está nas últimas, este meu companheiro que nasceu para registrar os quatro anos mais atormentados de minha vida. Também eu estou abandonando tudo: sonhos, ideais, esperanças. Perto está o dia em que parecerei uma múmia no hospital, como há quatro anos. Desta vez espero não sair de lá andando. Havia na época ainda um resto de ilusão em mim. Escrevi aqui dezoito mil textos, em alguns dos quais julguei, com autocondescendência, ver algum valor. Valiam tanto quanto um berloque. Estou cansado, muito cansado, e não vejo mais sentido em nada. Por não ter a bravura exigida, eu me deixarei extinguir, assim como vai se extinguindo este blog: piegas, tolo, inútil, ridículo. Se tenho ainda uma palavra de carinho para mim mesmo, é só esta: pateta.
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