quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Quando o pior é o melhor
Quem contrata um engenheiro, um arquiteto, um médico, há de querer que eles estejam no auge, no ponto máximo da realização profissional. No caso de um escritor, o melhor para os leitores, quase sempre, será que ele esteja inseguro, imaturo, indeciso, e escreva exatamente sobre essa insegurança, essa imaturidade e essa indecisão. Quando se sente dono de um estilo, o escritor fica parecendo aqueles atiradores de faca incapazes de causar um arranhão na parceira, ainda que façam cinquenta arremessos por noite, sendo os últimos vinte às escuras e de costas.
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