"Quando a flamejante e angélica porta se abre num tumulto de alaúdes,
Quando imortal paixão respira em mortal argila,
O nosso coração suporta o flagelo, a coroa de espinhos, o caminho
Povoado de rostos amargos, a ferida das mãos, a ferida dos flancos,
A esponja pesada de vinagre, as flores junto ao rio Kedron;
Sobre ti inclinados soltaremos os cabelos,
Para que leve perfume se desprenda, pesado de orvalho,
Lírios da esperança em sua mortal palidez, rosas de apaixonado sonho."
(De Uma antologia, tradução de José Agostinho Baptista, edição da Assírio & Alvim, Lisboa.)
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