Um soneto não deve ser bem-feito.
Que possa, aquele que quiser fazê-lo,
Fazê-lo com tal brilho, com tal zelo,
Que ele seja, no mínimo, perfeito.
Que seja feito de tal forma e jeito
Que, se tentar alguém escarnecê-lo,
Só consiga, ao querer desmerecê-lo,
Dizer que peca por não ter defeito.
Que sejam sólidos os seus quartetos,
Que firmes saibam ser os seus tercetos
E majestoso e belo o seu final.
Que nele haja rigor, primor e classe,
Como se nele o poeta retratasse
A mulher mais formosa e o amor ideal.
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