Faz três dias que a gata morreu, mas o gato vadio continua vindo, toda noite. Fica miando no quintal, chamando. Depois, miando mais forte, põe-se a arranhar a porta da sala. Hoje a mulher, exasperada, abre a porta e joga nele um jarro de água. Habituado ao tempo em que era recebido com afeto e uma tigelinha de ração, ele vai se afastando desolado como só um gato rejeitado pode estar. Já longe da casa, dá um miado tristíssimo, que arrepiaria a lua, se a lua se importasse com ninharias.
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