segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Soneto da virtude única

Agora que meu tempo já passou
E nada mais, nem certo nem errado,
A tudo quanto fiz será somado,
Talvez seja hora de dizer quem sou.

Não vou dizer que fui grande, não vou
Mentir que fui um homem destacado,
Que fui um gênio imenso e incontestado.
Não. Eu fui só um homem que sonhou.

Ganhei grandezas, glórias conquistei,
Fui rei nos sonhos todos que sonhei
E em todos exerci a magnitude.

Fui isso, só, não mais que um sonhador.
Sonhar foi sempre o meu maior valor
E talvez a minha única virtude.

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