Como um navio que, perdendo a rota,
Por um feroz oceano se transviasse
E sobre as pedras se despedaçasse,
Também eu amarguei minha derrota.
Eu, que tão bem, no início, naveguei,
Depois, no fim já, quase, da jornada
Perdi meu rumo e, em trajetória errada,
Inapelavelmente naufraguei.
Quando senti chocando-se meu casco
E abrindo-se penhasco após penhasco,
Eu gritei: capitão, meu capitão!
Ele e os marujos dele se empenharam
E lutaram, mas todos se afogaram
Em mim, do meu convés ao meu porão.
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