Se as vozes que te chamam se calassem,
Se menos fúteis fossem teus ouvidos
Ou fossem de tal forma prevenidos
Que aos clamores do mundo não ligassem.
Se os sons do baile não te procurassem,
Se pudessem passar despercebidos
Os brados das baladas, e os gemidos
Dos boleros langor não te causassem,
Poderias um desses jovens ser
Que podem como exemplos se apontar
De sobriedade e de moderação.
Mas quem o halo de santo há de querer,
Se o mundo não se cansa de o chamar
Para o prazer supremo e a consumpção?
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