sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Lírica (958) - Olhos
Quem vê o azul dos seus olhos, plenos de calma, não sabe como eles podem se carregar de nuvens espessas e sombrias, como podem ser atormentados pela repentina faísca dos relâmpagos e como essa ira pode passar para os lábios e se traduzir em palavras agudas como punhais. Mas, depois da tempestade, como é belo vê-los de novo com a claridade leitosa do seu azul, bonançosos como a superfície de um lago.
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