segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

De como é imprevisível o que leva um homem à glória

Meu amigo Federico Mengozzi era um desses homens que conheciam tudo: pintura, escultura, arquitetura, cinema, teatro. Trabalhou em vários jornais e revistas. No Estadão, tive a honra de ser seu colega. Quando ele, tão moço, morreu, vi no velório a admiração que os vizinhos tinham por ele. Um deles me falou dessa admiração e disse que ia me contar uma particularidade. Esperei que ele fosse referir-se a alguma reportagem, talvez sobre Saramago ou Fellini, das tantas que meu amigo fez com celebridades. Mas o homem me piscou o olho e perguntou, com jeito de aficionado da beleza e do cinema: "Sabe que esse homem tinha o telefone da Claudia Cardinale?"

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