quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Dezembro está tão longe
Dezembro está tão longe. Até lá, serei o ser abjeto de sempre. Invejarei, maldirei, me regozijarei com o infortúnio alheio. Desprezarei tudo e todos. Minha mesquinhez estará presente em cada um dos meus poros e dos meus atos e em meu sangue correrá o veneno de sempre. Serei falso, ardiloso, covarde, pusilânime. Serei um catálogo vivo de todos os defeitos que um homem pode abrigar. Mas em dezembro, como sempre, que mudança, que transformação. Assim que estiver se aproximando o Natal, como todos os anos, soterrarei toda a minha maldade e desejarei paz e bem-aventurança, beijarei o próximo e o longínquo, abraçarei todos e pelo meu rosto correrão as lágrimas do meu amor à humanidade. Em dezembro trocarei todas as minhas vilezas pela mentira.
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