quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Eu seria cínico
Eu seria cínico se dissesse que não me importam nem um pouco as estatísticas, que continuar escrevendo aqui é minha única preocupação e meu único empenho. Desde menino senti uma carência afetiva que há de me acompanhar até o fim. Escrevo para que gostem de mim. Sou infantil e esse talvez seja o melhor aspecto da minha alma. Ultimamente eu venho percebendo que talvez me entendam como nunca fui compreendido e, se não me amarem, ao menos respeitam minhas lamúrias como legítimas. Sempre quis isso, que acreditassem em mim quando falo de amor - no fundo, meu único assunto. O blog já vai para cinco anos e não estarei errado se julgar que este é o seu melhor momento. Parece que as garrafas que lanço diariamente são mais bem aceitas quanto mais longe vão. Hoje os Estados Unidos passaram o Brasil no volume geral de leitores desde o lançamento do blog. E a Malásia, que há um mês nem estava entre os dez países nos quais ele é mais lido, inacreditavelmente ocupa o terceiro lugar nas estatísticas. E a Alemanha e a Rússia me acolhem. E Portugal, e a Indonésia. E a China. Faz-me bem isso, e perdoem-me se venho aqui dizê-lo. Encantam-me as palmas e, na falta delas, um sorriso. Sou um menino feliz, ou ao menos não tão infeliz quanto era. Estamos aqui entre amigos, suponho, e vocês desculparão o rubor do meu rosto. Sem ele eu não sou eu.
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Os amigos agradecem as suas lamúrias. Elas confortam e embelezam as suas vidas.
ResponderExcluirMotta, meu caro, minhas lamúrias agradecem a compreensão e o apoio. Elas correm o risco de ficar cada dia mais... lamurientas. Não defini, até agora, se elas têm um componente mais étnico ou mais futebolístico - talvez uma mescla. Abraços
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