quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
No hospital
Às vezes, quando cochila, sente o fragor das ondas que sacodem o navio e ameaçam arremessá-lo aos agudos icebergues das estrelas, fazendo-o espatifar-se de encontro à lua. Grita então ordens, e corre pelo convés, e vai à sala das máquinas e, clamando pelos deuses do oceano, convoca a tripulação à resistência. Acorda com o toque piedoso de uma enfermeira e descobre que do mar só lhe ficou o sal na boca, mordida por ele até arrancar-lhe sangue. Um curativo - ah, seu João, ah, seu João - encerra mais uma de suas aventuras.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário