"tudo que puder sobre animais assim como pessoas.
nomes de árvores e de flores e de ervas daninhas.
nomes de estrelas e o movimento dos planetas
e da lua.
seus próprios seis sentidos, com uma mente atenta e elegante.
pelo menos um tipo de magia tradicional:
adivinhação, astrologia, o livro das mutações, o tarô;
sonhos.
os demônios ilusórios e os reluzentes deuses ilusórios;
beijar o cu do diabo e comer merda,
foder seu calejado pau farpado;
foder a bruxa,
e os anjos celestiais
e as virgens preciosas e perfumadas -
e então amar o humano: esposas maridos e amigos.
jogos de criança, quadrinhos, chiclete,
a bizarrice da televisão e dos anúncios.
trabalhar, longas e áridas horas de trabalho maçante
engolido e aceito
e tolerado e finalmente amado. exaustão,
fome, descanso.
a liberdade natural da dança, êxtase,
a tácita e solitária iluminação, ênstase.
perigos reais. riscos. e o gume da morte."
(Poema traduzido por Luci Collin, extraído do livro Poesia beat, publicado pela Azougue.)
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