Não tenho pena de mim.
Sabia desde o começo
Que o apreço com desapreço
Me pagarias no fim.
Minha culpa reconheço.
Fui eu que buscando vim
E que hoje desfruto enfim
O infortúnio que mereço.
Não incorri em engano,
Não fui tolo, fui insano,
Tua fama eu conhecia.
Quem tantos já desgraçara,
E nenhum jamais poupara,
Por que não me mataria?
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