quinta-feira, 24 de julho de 2014

Soneto do trapaceiro

O amor, como uma balela,
Como um conto do vigário,
Encontra sempre um otário
Para cair na esparrela.

A conversa é sempre aquela,
É tudo sempre ordinário,
Nunca é nada extraordinário,
Resto da mesma panela.

Ele nos furta inclemente,
Com sua cara de indigente
E sua pele de cordeiro.

Na hora de fazer bê-ó,
Na polícia dizem oh,
Mais uma do trapaceiro.






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