Do amor eu fui tributário
E, provedor obstinado,
Dava-lhe todo o salário
No dia adrede acertado.
Com ele fui tão perdulário,
Tão mão-aberta e largado
Que me chamava de otário
Quem conhecia o meu fado.
Porque ao amor tudo dei
A minha quebra previram,
E estavam certos. Quebrei.
Maravilhoso, esse dia.
Muitos homens já faliram,
Nenhum com tanta alegria.
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