Na noite imensa, no frio,
O amor, como um velho cão,
Estende-se sobre o chão,
Faminto, triste, vazio.
Perdeu já todo o seu brio,
A compostura, a razão,
E dorme em qualquer desvão,
Largado, sujo, vadio.
Antigamente o adoravam
E com carinho lhe davam
Em prato fundo a ração.
Agora aqueles que o veem
O veem com rancor e vêm
Com quatro pedras na mão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário