A cada instante, querida,
Em que a me ver tu te negas,
Mais uma tábua tu pregas
No caixão da minha vida.
E em cada noite indormida
Eu colho quadrinhas bregas
Ou então sonetos piegas
De construção descabida.
Por que, ó mulher fatal,
Não cravas logo o punhal,
Por que, por Deus, não me matas?
Tu pouparias assim
Aos meus leitores e a mim
Ouros baços como latas.
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