Quando um homem se ensimesma
Em torno de uma paixão,
Muda o mês, muda a estação,
Mas a obsessão sempre é a mesma.
Ele só tem um assunto.
Morreu o amor, porém dois
Ou quarenta anos depois
Falará do amor defunto.
E na paixão que o consome
Dirá sempre o mesmo nome,
Como um devoto no altar.
Morreu o amor, mas ninguém,
Nem por mal e nem por bem,
O fará acreditar.
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