sábado, 13 de agosto de 2016

Dois poemas de Li Po

"A UMA BELDADE DO CAMINHO

O cavaleiro pisa altivamente as flores caídas.
Seu chicote vai roçar a elegante carruagem.
A beldade sorri, levantando a cortina de pérolas,
e com o dedo aponta, ao longe, seu Pavilhão vermelho."


"MELANCOLIA (LAMENTO)

A nova é adorável como a flor.
Mas a antiga é preciosa como o jade.
Ondulante, a flor não se sabe conter.
Puro, o jade não muda.
A que hoje é antiga foi nova, outrora.
A nova será antiga, um dia,
Vede a casa de ouro da Rainha Ch'en:
nascem teias de aranha em sua cortinas silenciosas."

(De Poemas chineses, tradução de Cecília Meireles, publicação da Editora Nova Fronteira.)

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