"As luzes da sala e da cozinha brilhavam
Através dos estores, das janelas e das grades;
E ao alto em toda a volta
Havia milhões de estrelas.
Nunca houve tantos milhares de folhas numa árvore,
Nem tantas pessoas na igreja ou no parque,
Como essas estrelas que me contemplavam
Brilhando e cintilando na escuridão.
O Cão, o Arado e o Caçador, e todas as outras,
E a estrela do marinheiro, e Marte,
Brilhavam no céu, e o balde junto ao muro
Estava meio cheio de água e estrelas.
Por fim meteram-me na cama
Quando me viram, perseguindo-me com gritos.
Mas a glória continuou a brilhar, iluminando os meus olhos,
E as estrelas continuaram à volta na minha cabeça."
(De Poemas de Robert Louis Stevenson, tradução de José Agostinho Baptista, edição da Assírio & Alvim, Lisboa.)
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